terça-feira, 10 de maio de 2016

O SELO DE DEUS


O PRIMEIRO selo postal surgiu na Inglaterra em 6 de maio de 1840: O Penny Black. Quem teve a brilhante ideia foi um membro do Parlamento Britânico de nome Sir Rowland Hill; o selo acabava com a antiga prática do destinatário pagar a tarifa, o que gerava muitas devoluções. O remetente passou a ser o responsável.
Três anos depois (1843) nosso Imperador D. Pedro II emitia o primeiro selo postal do Brasil Império e era também o 3º do mundo, com tiragem de 856.617 exemplares, ganhou o nome de “olho de boi”. Contudo, a história do sistema postal é bem mais antiga, e tem sua origem no antigo Egito, no século XII a.C.; passa pelos Persas do rei Ciro que aperfeiçoou o sistema; e os gregos que apesar do grau de civilização, não conseguiram estruturar um sistema eficiente.
Descobertas arqueológicas recentes em Jerusalém trouxeram a informação de um “selo” Israelense muito antigo. Trata-se do rei Bíblico Ezequias que governou o reino do sul por volta de 700 a.C.. Lembrando que Ezequias foi um grande reformador, e acabou com a idolatria no meio do povo de Deus (II Rs 18:5). Selo é garantia de inviolabilidade. Violar uma correspondência é uma agressão ao governo que emitiu o selo; ficando sujeito as penas da lei.
Deus quando nos chamou para mensageiros do Reino, portadores da carta de Deus aos homens, também cuidou em nos selar como garantia de inviolabilidade: O selo do Espírito Santo. Depois de 40 dias de Jesus ter sido ressuscitado, cumprindo algumas missões, estando na Galileia, então Ele subiu ao céu, ao encontro do Pai Celestial, e nesta ocasião Ele disse aos discípulos que não se ausentassem de Jerusalém até que recebessem a virtude (At 1:8); e então seriam mensageiros até os confins da terra.
Dez dias depois, na festa do Pentecostes, eles foram revestidos de poder; e assim como Deus se manifestou de maneira audível no primeiro Pacto, com trovões e relâmpagos, mostrando que Moisés estava autorizado para começar a escrita do Sagrado Livro (VT); agora Deus estava demonstrando com grande poder que aqueles 120 discípulos (as) entravam para a Nova Aliança e estavam autorizados a completar a escrita do Sagrado Livro (NT).
Foi a primeira tradução simultânea para povos ali presentes, que falavam diversas línguas; todos judeus e prosélitos, levando quase 3 mil almas a serem batizadas, confessando fé no nome de Jesus, que com esta confissão pública revogava a condenação que havia contra eles por ter “matado o seu Messias” (At 2).
Isto ficou conhecido entre os pentecostais como o “selo da promessa”; entre nós quem não falava em línguas, a salvação ficava sob suspeita. Ainda hoje, muitos testemunham que foram “selados com o dom de línguas (um dos 9 dons) para maior confirmação de sua verdade. Mas línguas é apenas um sinal para os infiéis (I Co 14:22).
No antigo hino 199 nós cantávamos “Cristo salvou-me, tenho certeza, me CONFIRMOU Deus o Criador”. Era uma referência ao batismo com o Espírito Santo acompanhado do dom de línguas. Mas na reforma do hinário, isso foi corrigido, hoje cantamos: “Cristo salvou-me, tenho certeza, por Sua obra de redenção”.

A obra de salvação é completa, por isso o “selo do Espírito” independe de emoções, de dons ou falar línguas; o crente recebe este selo quando recebe a Jesus como Salvador: “E tendo n’Ele crido fostes selados com o Espirito Santo da promessa”. Este selo é a garantia da nossa salvação a ser consumada na volta de Cristo (Ef 1:13, 14).


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