quinta-feira, 5 de maio de 2016

A CARTA PERDIDA


Foi encontrada no dia 03 de abril em 1817. Trata-se da carta de Pero Vaz de Caminha, escrivão de Cabral, o descobridor. Ficou se sabendo então que o Brasil havia sido descoberto no dia 22 de Abril, e o dia 3 de maio ficou conhecido como o “Dia da Santa Cruz”. Esse era o nome do Brasil, uma herança dos portugueses descobridores, de fé católica, e que adoravam a cruz.
Mas a cruz é santa, e deve ser objeto de veneração? Até o ano de 312, a cruz, como é conhecida hoje, era totalmente desconhecida dos cristãos. O imperador romano, pagão, Constantino, supostamente convertido ao cristianismo, foi quem tornou a cruz ansata dos Egípcios, emblema fálico em forma de T, encimado por uma asa oval representando os órgãos de reprodução tanto masculino como feminino, como a “cruz dos cristãos”.
Constantino sustentava que em 312 de EC teve a visão duma cruz iluminada no céu, com as palavras latinas “in hoc signo vinces”, que significam “tu venceras com este símbolo”; e foi somente depois, pelo Édito de Milão, que a cruz foi incorporada no cristianismo apóstata como emblema sagrado. Desde então, fazer o sinal da cruz na testa, boca e peito; significa proteção da mente, boca e coração, e tem sido um sinal na cristandade.


Na noite seguinte da citada visão, a história prossegue dizendo que o próprio Jesus Cristo apareceu a Constantino enquanto ele dormia e disse-lhe que fizesse um estandarte portando essa cruz celestial e o carregasse à frente do seu exército, pois isto lhe daria a vitória. Constantino ordenou que a monograma da cruz fosse pintada no escudo de seus guerreiros antes da batalha final e decisiva na ponte de Milvia, perto de Roma, onde Maxêncio foi morto.
No seu currículo de crimes, após a suposta conversão, inclui Bassiano, marido de sua irmã Anastácia, seu sobrinho Luciano de 12 anos; e sua esposa Fausta ele a matou num banho de agua fervendo; depois seu cunhado Licino. O número 7 da lista foi seu próprio filho primogênito, Cispo, ao qual degolou.
Oito anos depois da visão ele decretou que as autoridades do império deveriam consultar os prognosticadores e os adivinhadores sempre que houvesse um presságio mal, ou um raio atingisse um palácio imperial. Dedicou um dia especial para a adoração especial do sol “die solis”, proclamando o domingo como dia sagrado em todo o império, mandando matar todo cristão que estivesse judaizando (observando o sábado).
Dezoito anos depois da suposta visão da cruz dedicou a cidade de Constantinopla à sua própria honra, com grande cerimonial pagão, tendo na frente o carro do “deus sol” e sobre sua cabeça colocou-se a “cruz de Cristo”. Deu a si mesmo o título de “Pontífice Máximo” (ponte entre Deus e os homens). Se de fato teve alguma visão, não foi da parte de Deus, mas de espíritos enganadores que se transfiguram em anjos de luz (II Co 11:14).
O apóstolo Paulo descreve o madeiro em que Jesus foi pendurado como símbolo de maldição e não de bênção: “Cristo se fez maldição em nosso lugar: “Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro” (Gl 3:13). Quando a Bíblia diz que cada um deve levar a sua cruz (Mt 10:38), refere-se a luta de cada dia. Quando nos adverte a não “fazer vã a cruz de Cristo” (I Co 1:14-19); quer dizer que a mensagem deve ser pura, sem sabedoria humana; sem recorrer a batismos ou boas obras para se obter a salvação.



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