terça-feira, 10 de maio de 2016

“CAVALO DADO NÃO SE OLHA DENTES"



“CAVALO DADO não se olha os dentes”. O adágio popular quer dizer que quando recebemos um presente, mesmo que não seja do nosso agrado, devemos mostrar satisfação. Não significa hipocrisia, a pessoa pode ter dado de coação, sem ter o bom gosto que pensamos ter. 


A origem do provérbio surgiu em consequência da idade dos equinos que eram avaliadas pelo estado dos dentes que, aos 2 anos muda a dentição e nascem os dentes amarelados, que com o passar dos anos ficam desgastados com a mastigação. Então, “cavalo dado não se olha os dentes”.

Mas quanto a crianças e jovens, adultos também, os dentes tem muita importância. A saúde bucal vai contribuir positivamente na saúde em geral, pela mastigação correta dos alimentos facilitando todo o sistema gástrico. As crianças porque a dentição está em formação e, se bem cuidados, na idade adulta terão uma dentição perfeita. Com boa saúde bucal, boa saúde geral. Algumas doenças no sistema digestivo, enxaquecas, dores faciais, muitas vezes são provenientes de uma má dentição. Mas quanto aos jovens, implica em muitas outras coisas; a começar pela dificuldade do sorriso espontâneo.

Alguns jovens ficam deprimidos e complexados quando começa o primeiro namorinho, pois nem sorrir pode, e isso acabará afetando futuros relacionamentos. Claro, estamos falando de crianças e jovens carentes sem acesso ao odontologista; e foi pensando nestes que surgiu a “Turma do Bem”: Cirurgiões dentistas voluntários que se uniram para devolver o sorriso a essas crianças e jovens carentes.

Saíram da zona de conforto, abriram mão de honorários, para fazer a diferença. Hoje estão atuando em 12 países, e já atuaram em 900 municípios brasileiros. Minha cidade, Marília/SP, adotou o programa “Turma do Bem”, em 2009, e em 2012 foi classificada entre as 20 melhores iniciativas, e desde então, só tem melhorado sua atuação pela união dos profissionais da área.

A Dra Ana Carolina Massaro, de Marília/SP, foi eleita, pela ONG que agrega 15 mil dentistas voluntários [atendimento gratuito], atuando em 14 países, como a Melhor Dentista do Mundo. Uniram-se a este abençoado projeto a ROD (Radiologia Odontológica Digital) fornecendo diagnóstico e imagem sem nenhum custo. A seleção de crianças e jovens para o programa de atendimento começou ontem, 28 de Abril. Parabéns a tão brilhante inciativa. Os de minha geração não tinham odontólogos; estavam mais para “Tiradentes”.

Falando em dentes; um provérbio que havia em Israel era: “Os pais comeram a uva verde, e os dentes dos filhos que ficaram embotados”; mas Deus não gostava desse provérbio que alimentava a errônea ideia da maldição hereditária, e disse: Minha é a alma do pai, e minha é a alma do filho, a alma que pecar essa é que morrerá (Ez 18:2-4). Não existem maldições, existem consequências.

Na Bíblia, o “ranger de dentes” é frequentemente usado para indicar ira, angústia ou desespero (Jó 16:9; At 7:54). Jesus usou essa figura de linguagem para dizer que os “filhos do Reino” [os judeus] ao rejeitar o Messias teriam choro e ranger de dentes (angústia e desespero); enquanto os gentios vindos do Oriente e do Ocidente sentariam a mesa com Abraão, Isaque e Jacó para o grande banquete (Mt 8:11, 12).

Só para descontrair: Pregador inflamado amedrontava a Congregação dramatizando o terrível estado de pessoas no fogo, chorando e rangendo os dentes; e uma irmã velhinha, sem dentes, mordendo as gengivas, pergunta: Irmão, e quem não têm dentes? O pregador meio perdido com a inesperada pergunta, diz enfaticamente: “dentes lhe serão dados!”.


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