quarta-feira, 11 de maio de 2016

VITÓRIA TEREI, COROADO SEREI POR QUEM ME AMOU.



EM TODAS as coisas somos mais que vencedores, por Cristo que nos amou (Rm 8:37). Os vencedores são aqueles que tiveram uma caminhada sem muitos problemas. Talvez vindos de famílias que puderam oferecer uma boa educação secular, conforto, bem estar e tudo mais. Estes têm sobejantes motivos para render graças a Deus.

Mas o apóstolo fala de alguns que são “mais que vencedores”. Quantos cristãos viveram; outros ainda, em terras hostis ou em épocas de grande adversidade, sob o fogo de cerrada perseguição, mas não negaram a fé, não fraquejaram, nem perguntaram por que, simplesmente olharam os opositores de frente, como disse o Reformador João Wesley, e não tiveram suas vidas por preciosas.

O diácono Estevão foi um desses homens mais que vencedores! Quando inquirido e acusado por opositores religiosos fanáticos, mesmo percebendo que seu fim seria o martírio, ele fez um discurso, registrado em Atos 7, que enriquece a vida e a história da Igreja, encorajando outras testemunhas a serem fieis mesmo que o preço a pagar seja a própria vida.

O discurso enfureceu ainda mais os religionistas, que como cães ferozes rangiam os dentes, tapavam os ouvidos para não ouvir, e por fim o apedrejaram. Estevão cheio do Espírito Santo viu os céus abertos e Jesus à direita de Deus; sabendo que ia morrer entregou o espírito a Deus, se ajoelhou e orou pelos que o apedrejavam para que Deus não imputasse este pecado; e adormeceu. Um homem mais que vencedor!

Mais que vencedores foram àqueles irmãos do 1º século: Foi lhes dito: “Sê fiel até a morte, e dar-te–ei a coroa da vida” (Ap 2:10), isto não queria dizer que fossem fieis até morrer para conquistar a salvação; ela é dom gratuito (Rm 6:23); mas que viria uma intensa perseguição [que aconteceu no tempo de Nero ao reinado de Diocleciano]; que ia exigir deles o sacrifício da própria vida. E eles não temeram.

Mais que vencedores foram João Huss e Jerônimo Savonarola. Huss, condenado pelo Concílio de Constança [1415] a ser queimado vivo em praça pública, ainda profetizou: Vocês hoje estão queimando um ganso (Huss significa ganso), mas dentro de um século encontrar-se-ão com um cisne, e este, vocês não poderão queimar. Costuma-se identificar Martinho Lutero com esta profecia; o Reformador que surgiu exatamente 102 anos depois.

Em 12 de maio de 1497 foi a vez de Savonarola. O papa Alexandre o excomungou e depois foi enforcado e queimado em praça pública, mas não negou sua fé em Cristo, nem abriu mão de suas convicções fundamentadas na Palavra da Escritura.

Mais que vencedores são aqueles que, tendo pecado gravemente, são abandonados e discriminados pelos ministérios que se acham mais puros que Jesus e não podem se contaminar. Jesus não se importou com a imundície da mulher que tinha um fluxo de sangue; nem dos leprosos pelos quais todos passavam de largo; comeu com pecadores, assentou-se a conversar com a samaritana, tida como sectária desviada. A todos, diferente desses religionistas hipócritas, dispensou-lhes a cura, o perdão e palavras de consolação. Mais que vencedores, porque apesar de tudo não desistem de Jesus.

Mais que vencedores são aqueles, que por anos num leito de enfermidade, vítimas de uma doença genética, degenerativa, acidentes ou infortúnios e imprevistos; continuam firmes, sem murmurar, queixando da dor às vezes, fazendo perguntas que ficam sem respostas; mas continuam declarando como Paulo que nada os poderá separar do amor de Cristo. Estes são mais que vencedores.


PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO



NO VERÃO de 1951 uma menina negra sentou nos degraus da Primeira Igreja Batista, no Brooklin e chorou amargamente. Ela havia tentado esfregar a negritude de sua pele até sair, mas o que havia conseguido era uma mancha vermelha, inchada, que doía. Aquele coração infantil estava angustiado por que tinha ouvido que a pele negra era uma maldição imposta por Deus a sua raça. Tinha ouvido tantas zombarias e epítetos raciais de suas coleguinhas, que exaltavam a beleza da raça branca e humilhava os negros, que ela perguntava a Deus, e tentava compreender, o que haviam feito para merecer tal castigo? Brotava um ressentimento particular contra Deus por ser negra.

Talvez pense: bobagem de uma criança! Mas pessoas cultas, pior ainda, líderes religiosos também pensavam assim. Os clérigos Robert Jamieson e David Brown, em seu comentário Bíblico asseveram: “Maldito seja Canaã” (Gn 9:25); afirmavam que esta maldição tem se cumprido na escravização dos africanos, os descendentes de Cão. Não só a escravização cumpria tal maldição Bíblica, mas que sua cor negra também; por isso os negros eram seres inferiores.

A cristandade católica acreditava piamente nessa maldição, em razão disso fechava os olhos à escravidão. No ano de 1873 o papa Pio IX deixou isso muito claro ao associar uma indulgência à oração em favor dos “desgraçados etíopes da África Central, para que o Deus Todo-Poderoso remova inteiramente a maldição de Cã de seus corações”.

Alguns seguimentos protestantes tinham a mesma visão. Nossa denominação até meados do século 20 entendia o casamento entre brancos e negros como jugo desigual; o que não é. Bem antes da cristandade, possivelmente antes de Jesus vir a terra, alguns rabinos judeus ensinavam uma história sobre a origem da pele negra; atribuindo à maldição de Cã (Cus).

Todo esse errôneo entendimento gira em torno do relato quando Noé embebedou-se e ficou nu em sua tenda; e Cã tornou isso público, enquanto seus irmãos Sem e Jafé, de costas com uma capa cobriram a nudez do pai. Noé, despertado do vinho amaldiçoou Canaã, o quarto filho de Cã, e neto de Noé, e que ele seria ‘escravo’ de seus irmãos (Gn 9:21-27).

A maldição sobre Canaã e de que se tornaria escravo de seus irmãos; provavelmente é porque ele tenha visto antes e relatado de maneira zombeteira ou maliciosa a Cã, seu pai. A punição de Cã, portanto, foi de ter um filho que veio a desonra-lo. Mas são conjecturas, pois o registro Bíblico não fornece quaisquer pormenores sobre o envolvimento de Canaã na ofensa contra Noé.

A maldição caiu sobre os Canaanitas, ou Cananeus, habitantes da Palestina, há muito extintos; portanto, não pode ser aplicada a ninguém hoje em dia. Todas as raças da humanidade, sem considerar cor ou a língua, são descendentes de um só casal. A divisão tripartida da família humana em raças Jafética, Camítica e Semítica, descendem todos de Adão, por meio de Noé.

O plano inicial de Deus era povoar toda a terra aonde os humanos viveriam para sempre, então, em sua presciência colocou os genes em Adão que viria dar condições de viverem desde as regiões mais gélidas até o grande continente africano. O tema é profundo e comporta muitas discussões; mas a miserabilidade vivida pelos africanos não pode ser atribuída a Deus ou a maldição de Noé.

A propósito: O primeiro batismo cristão após o pentecostes foi a um negro etíope, e eunuco; ficando notório que para Deus não existe essa discriminação de raça e cor; nem rejeição quanto às imperfeições humanas.


terça-feira, 10 de maio de 2016

“CAVALO DADO NÃO SE OLHA DENTES"



“CAVALO DADO não se olha os dentes”. O adágio popular quer dizer que quando recebemos um presente, mesmo que não seja do nosso agrado, devemos mostrar satisfação. Não significa hipocrisia, a pessoa pode ter dado de coação, sem ter o bom gosto que pensamos ter. 


A origem do provérbio surgiu em consequência da idade dos equinos que eram avaliadas pelo estado dos dentes que, aos 2 anos muda a dentição e nascem os dentes amarelados, que com o passar dos anos ficam desgastados com a mastigação. Então, “cavalo dado não se olha os dentes”.

Mas quanto a crianças e jovens, adultos também, os dentes tem muita importância. A saúde bucal vai contribuir positivamente na saúde em geral, pela mastigação correta dos alimentos facilitando todo o sistema gástrico. As crianças porque a dentição está em formação e, se bem cuidados, na idade adulta terão uma dentição perfeita. Com boa saúde bucal, boa saúde geral. Algumas doenças no sistema digestivo, enxaquecas, dores faciais, muitas vezes são provenientes de uma má dentição. Mas quanto aos jovens, implica em muitas outras coisas; a começar pela dificuldade do sorriso espontâneo.

Alguns jovens ficam deprimidos e complexados quando começa o primeiro namorinho, pois nem sorrir pode, e isso acabará afetando futuros relacionamentos. Claro, estamos falando de crianças e jovens carentes sem acesso ao odontologista; e foi pensando nestes que surgiu a “Turma do Bem”: Cirurgiões dentistas voluntários que se uniram para devolver o sorriso a essas crianças e jovens carentes.

Saíram da zona de conforto, abriram mão de honorários, para fazer a diferença. Hoje estão atuando em 12 países, e já atuaram em 900 municípios brasileiros. Minha cidade, Marília/SP, adotou o programa “Turma do Bem”, em 2009, e em 2012 foi classificada entre as 20 melhores iniciativas, e desde então, só tem melhorado sua atuação pela união dos profissionais da área.

A Dra Ana Carolina Massaro, de Marília/SP, foi eleita, pela ONG que agrega 15 mil dentistas voluntários [atendimento gratuito], atuando em 14 países, como a Melhor Dentista do Mundo. Uniram-se a este abençoado projeto a ROD (Radiologia Odontológica Digital) fornecendo diagnóstico e imagem sem nenhum custo. A seleção de crianças e jovens para o programa de atendimento começou ontem, 28 de Abril. Parabéns a tão brilhante inciativa. Os de minha geração não tinham odontólogos; estavam mais para “Tiradentes”.

Falando em dentes; um provérbio que havia em Israel era: “Os pais comeram a uva verde, e os dentes dos filhos que ficaram embotados”; mas Deus não gostava desse provérbio que alimentava a errônea ideia da maldição hereditária, e disse: Minha é a alma do pai, e minha é a alma do filho, a alma que pecar essa é que morrerá (Ez 18:2-4). Não existem maldições, existem consequências.

Na Bíblia, o “ranger de dentes” é frequentemente usado para indicar ira, angústia ou desespero (Jó 16:9; At 7:54). Jesus usou essa figura de linguagem para dizer que os “filhos do Reino” [os judeus] ao rejeitar o Messias teriam choro e ranger de dentes (angústia e desespero); enquanto os gentios vindos do Oriente e do Ocidente sentariam a mesa com Abraão, Isaque e Jacó para o grande banquete (Mt 8:11, 12).

Só para descontrair: Pregador inflamado amedrontava a Congregação dramatizando o terrível estado de pessoas no fogo, chorando e rangendo os dentes; e uma irmã velhinha, sem dentes, mordendo as gengivas, pergunta: Irmão, e quem não têm dentes? O pregador meio perdido com a inesperada pergunta, diz enfaticamente: “dentes lhe serão dados!”.


CONHECER A DEUS PELA PALAVRA


“VOCÊ só conhece uma pessoa quando come um quilo de sal juntos”. Outros dizem uma “saca de sal” (de 60 quilos). Não sei de onde surgiu o provérbio, mas muito popular; e quer dizer que, mesmo no caso de um quilo de sal, você leva um bom tempo para conhecer a pessoa com a qual convive, seja num relacionamento marital ou social. O sal é citado por dois motivos, e um deles por já ter sido “moeda” no passado, um verdadeiro tesouro, dado a sua raridade.

Outro motivo é que, levando-se em conta que a dose recomendável seja de 4 a 6 gramas/diárias/de sal, no caso de uma saca de 60 quilos, repartido em dois, levaríamos mais de 16 anos para comer a nossa metade, e assim conhecer a pessoa. Quer dizer: viria a conhecê-la nas “bodas de Safira ou Turmalina”. Dizem os divorciados que só veio a conhecer a pessoa com a qual esteve casada, depois do divórcio. Na separação é que aparece a pessoa real.

Bem, no caso de casamentos, a regra e o provérbio não valem para todos. Quando namoro e noivado não busca seus próprios interesses; não está focado apenas na sensualidade, nomes de família e posição social, mas congrega valores maiores, dando prioridade a Pessoa de Jesus na construção do novo lar, é possível conhecer a pessoa antes do casamento. Assim, evitar dar prosseguimento em alguns casos, e casar seguro quando se conhece que aquela pessoa é a bênção de Deus em sua vida.

Conhecer uma pessoa vai muito além de conviver, cumprimentar diariamente, associar-se, trocar presentes, festejar juntos. Em minha comum congregação convivo com algumas pessoas há mais de 40 e até 50 anos, e quando alguém me pergunta se a conheço, naturalmente digo que sim, mas na realidade não conheço quase nada daquele irmão. Não conheço suas ideias, entendimento, projeto de vida e modos de agir; então, na realidade não o conheço. Por outro lado, alguns que nunca vi, e talvez nunca venha conhecer pessoalmente, mas trocamos conhecimento aqui na internet de modo que o conheço mais do que os que congregam comigo.

O apóstolo João, o querido apóstolo do amor, já convivia com Jesus há um bom tempo, seguia-o por onde fosse, mas mesmo assim, não conhecia ao Mestre. Numa certa ocasião quando pediu pousada numa aldeia de samaritanos, que eles judeus discriminavam e condenavam, e estes negaram o pernoite; a sugestão proposta por João a Jesus, lembrando o episódio acontecido com Elias, que mandassem descer fogo do céu e consumir aqueles samaritanos hostis (Lc 9:51-56).

Não esquecendo, que caso fossem os samaritanos pedindo pousada aos judeus, eles fariam a mesma coisa. Negariam. Como exemplo, transportando para os nossos dias: Será que todo crente daria pousada a um irmão considerado dissidente? Não seriam considerados “samaritanos” por adorar em separado? Até mesmo desviados para alguns? Pois bem, a resposta dada por Jesus àqueles discípulos prontos a exterminar os divergentes, serve para todos em qualquer tempo: “Vós não sabeis de que espírito sois” (Lc 9:51-56)..

Andavam com Jesus, mas não o conheciam. Conhecer ao Senhor vai muito além de congregar, cantar, orar e pregar; algumas pregações podem dar péssimas informações sobre Jesus. Conhecer ao Senhor, já que não conseguimos vê-lo, significa conhecer suas “ideias”, seu caráter e modos de agir; e isto só é possível mediante o conhecimento de Sua Palavra escrita, onde Deus se revela aos homens. João chegou a este conhecimento. Perdeu o espírito vingativo, foi transformado no apóstolo do amor.


O SELO DE DEUS


O PRIMEIRO selo postal surgiu na Inglaterra em 6 de maio de 1840: O Penny Black. Quem teve a brilhante ideia foi um membro do Parlamento Britânico de nome Sir Rowland Hill; o selo acabava com a antiga prática do destinatário pagar a tarifa, o que gerava muitas devoluções. O remetente passou a ser o responsável.
Três anos depois (1843) nosso Imperador D. Pedro II emitia o primeiro selo postal do Brasil Império e era também o 3º do mundo, com tiragem de 856.617 exemplares, ganhou o nome de “olho de boi”. Contudo, a história do sistema postal é bem mais antiga, e tem sua origem no antigo Egito, no século XII a.C.; passa pelos Persas do rei Ciro que aperfeiçoou o sistema; e os gregos que apesar do grau de civilização, não conseguiram estruturar um sistema eficiente.
Descobertas arqueológicas recentes em Jerusalém trouxeram a informação de um “selo” Israelense muito antigo. Trata-se do rei Bíblico Ezequias que governou o reino do sul por volta de 700 a.C.. Lembrando que Ezequias foi um grande reformador, e acabou com a idolatria no meio do povo de Deus (II Rs 18:5). Selo é garantia de inviolabilidade. Violar uma correspondência é uma agressão ao governo que emitiu o selo; ficando sujeito as penas da lei.
Deus quando nos chamou para mensageiros do Reino, portadores da carta de Deus aos homens, também cuidou em nos selar como garantia de inviolabilidade: O selo do Espírito Santo. Depois de 40 dias de Jesus ter sido ressuscitado, cumprindo algumas missões, estando na Galileia, então Ele subiu ao céu, ao encontro do Pai Celestial, e nesta ocasião Ele disse aos discípulos que não se ausentassem de Jerusalém até que recebessem a virtude (At 1:8); e então seriam mensageiros até os confins da terra.
Dez dias depois, na festa do Pentecostes, eles foram revestidos de poder; e assim como Deus se manifestou de maneira audível no primeiro Pacto, com trovões e relâmpagos, mostrando que Moisés estava autorizado para começar a escrita do Sagrado Livro (VT); agora Deus estava demonstrando com grande poder que aqueles 120 discípulos (as) entravam para a Nova Aliança e estavam autorizados a completar a escrita do Sagrado Livro (NT).
Foi a primeira tradução simultânea para povos ali presentes, que falavam diversas línguas; todos judeus e prosélitos, levando quase 3 mil almas a serem batizadas, confessando fé no nome de Jesus, que com esta confissão pública revogava a condenação que havia contra eles por ter “matado o seu Messias” (At 2).
Isto ficou conhecido entre os pentecostais como o “selo da promessa”; entre nós quem não falava em línguas, a salvação ficava sob suspeita. Ainda hoje, muitos testemunham que foram “selados com o dom de línguas (um dos 9 dons) para maior confirmação de sua verdade. Mas línguas é apenas um sinal para os infiéis (I Co 14:22).
No antigo hino 199 nós cantávamos “Cristo salvou-me, tenho certeza, me CONFIRMOU Deus o Criador”. Era uma referência ao batismo com o Espírito Santo acompanhado do dom de línguas. Mas na reforma do hinário, isso foi corrigido, hoje cantamos: “Cristo salvou-me, tenho certeza, por Sua obra de redenção”.

A obra de salvação é completa, por isso o “selo do Espírito” independe de emoções, de dons ou falar línguas; o crente recebe este selo quando recebe a Jesus como Salvador: “E tendo n’Ele crido fostes selados com o Espirito Santo da promessa”. Este selo é a garantia da nossa salvação a ser consumada na volta de Cristo (Ef 1:13, 14).


SOBRE A VELHICE



ANOS ATRÁS ouvi uma dessas pregações “inspiradas” que dizia ter Deus limitado a idade do homem em 120 anos; e mais catastrófica ainda, a pregação dizia que depois Deus limitou a idade do homem em 70 anos; e quem insistisse em viver mais do que isso, só teria enfado e canseira.
No primeiro caso o pregador citava Gênesis 6:3: “os dias do homem serão cento e vinte anos” e; no segundo caso o salmo 90:10: “A duração da nossa vida é de setenta anos, alguns chegam a oitenta, o melhor deles é enfado e canseira”.
Aprendi tempos depois, que os 120 anos citados no Gênesis, pouco antes do dilúvio, não se refere a uma limitação da idade, pois o próprio Noé, sobrevivente do dilúvio, viveu 950 anos (Gn 9:29). Os 120 anos citados por Moisés, escritor do Gênesis, foi um aviso profético de que a partir daquela data a família humana teria apenas 120 anos até o dilúvio; o que de fato aconteceu, destruindo a todos; com exceção de Noé e sua família.
No caso do salmo 90:10 não era uma sentença de que o homem viveria apenas 70 anos, e quem vivesse mais só teria enfado e canseira. O escritor do Salmo foi Moisés, e ele viveu 120 anos, e a Bíblia diz que era varão vigoroso, inclusive continuou enxergando perfeitamente nessa idade (seus olhos não se escureceram) (Dt 34:7).
Por mais de 20 anos exerci um ministério voluntário com pessoas idosas impossibilitadas de congregar; eu as visitava semanalmente e dirigia um momento devocional; lendo histórias Bíblicas, outras com fundo Bíblico, e orando. Foi um tempo tão abençoado que guardo comigo algumas Bíblias de uso pessoal dada pelos filhos, à pedido dos pais quando descansaram no Senhor.
Notei neste tempo, que alguns idosos praticamente maldiziam o tempo todo; causavam desconforto à família, tornava a convivência bastante trabalhosa. Foram pessoas “educadas” em púlpitos e famílias que alimentava esse tipo de sofrimento, como se fosse uma purificação ou punição por ter passado dos setenta anos.
Outros irmãos e irmãs, apesar das limitações impostas pela idade, algumas até mesmo vítimas de doenças, eram pessoas felizes; gratas pela vida; entendiam que na sepultura ninguém louva a Deus, e que “canseira e enfado” na velhice não estavam nos planos de Deus ao criar o homem. São consequências da imperfeição herdada por causa do pecado original; resultado de escolhas feitas, desgaste físico; e este reconhecimento as tornava pessoas dóceis.
O que o salmo salienta é que a longevidade é uma mistura de bênção e dificuldades a transpor. Quem continuar lendo os salmos vai se deparar com mensagens reanimadoras, o carinho e o respeito que Deus tem pelas cãs quando no caminho do bem: “Dar-lhe ei abundância de dias, e mostrarei a minha salvação” (91:16). “Na velhice ainda darão frutos: serão viçosos e florescentes” (92:14). Hoje em dia existem muitos recursos que tornam a velhice menos “enfadonha e cansativa”.
Os que conhecem ao Senhor devem conservar um espírito jovem, uma vida saudável física e emocionalmente; boas conversações; interagindo com os jovens; participando de programas que fornecem qualidade de vida, como academias e terapias; nada de rabugice; mas com o cuidado em não se tornar ridículo, querendo parecer jovem, portando de modo inadequado para a idade.
Quanto aos que não gozam de boa saúde, à medida que entenderem que é um processo natural e começar a dar graças pelo dom da vida, e pela promessa de um novo céu e uma nova terra onde não haverá mais dor, vão se sentir bem melhor.



COMO DESEDUCAR UM FILHO - É FÁCIL!



Como deseducar um filho- É fácil!

1-) Dê ao seu filho tudo que ele queira. Diga não, se for algo caro ou que não seja apropriado para a sua idade, mas se ele insistir; fazer o que?

2-) Não aponte os erros que ele comete, isso poderá frustrá-lo.

3-) Junte tudo que ele deixe espalhado pelo chão: livros, cadernos, roupas, sapatos, brinquedos, etc. Afinal é uma criança e criança é assim mesmo.

4-) Deixe que leia toda a matéria que lhe cai as mãos, veja qualquer programa de televisão ou internet. Afinal ele vai ficar sabendo de tudo mesmo.

5-) Não lhe dê nenhuma educação espiritual. Ora, isso é papel da igreja.

6-) Brigue e discuta na sua presença; aproveite e fale mal dos irmãos na frente deles, ele precisa saber de tudo.

7-) Dê lhe quanto dinheiro pedir; não o ensine a economizar, isso é mesquinhez. Logo terá seu cartão de crédito e poderá gastar a vontade.  Satisfaça todos os caprichos em matéria de bebidas, comida e conforto.

9) Tome sempre o partido de seu filho em conflitos com a polícia, professores, vizinhos e outras crianças. Diga que ele sempre tem razão.

10) Quando seu filho se envolver em uma briga mais séria, justifique suas atitudes com estas palavras: “Essa criança sempre foi impossível, ela é assim mesmo”.

Desculpem a ironia, mas é apenas para provocar a necessária reflexão. Infelizmente existem modernos pedagogos, filósofos, e principalmente psicólogos, que endossam esse tipo de “deseducar”, e chamam de moderna pedagogia. A criança e o adolescente não conhecem limites; e quando chegam à idade adulta desrespeitam leis de trânsito; pessoas, autoridades, agentes policiais; tudo em nome da liberdade.

Anos atrás um jovem universitário, músico na congregação, filho de pais abastados; pessoas honradas e tementes a Deus; saiu pela madrugada com os amigos para um “racha” em nossa principal avenida. E “rachou”. Atropelou e matou no local um jovem senhor que vinha do trabalho. Foi uma tragédia! A família sofreu, ele teve o curso interrompido; a igreja sofreu. Não sei se foi o caso da falta de limites, pois eram de outro Estado; mas serve de alerta. Provavelmente tinha tido “outras madrugadas”, mas todos aceitavam como coisa de jovens. Jovens ricos.

A criança que não aprende a poupar, que nunca ouve um “não” dos pais; quando chegar à fase adulta irá sofrer muito, pois a vida é cheia de “não”. Quando tiver seu lar será daquelas pessoas que compram tudo que é oferta, mesmo que nunca vá usar; põem tudo no cartão de crédito e passa a vida toda longe do mandamento: “A ninguém devais coisa alguma” (Rm 13:8). Claro, não se refere a prestações de bens duráveis, de dívidas dentro do orçamento.

Sobre tomar partido dos filhos em qualquer situação, aconteceu aqui, em uma escola municipal que atrasou as reformas devido as chuvas e as crianças foram transferidas provisoriamente para uma escola próxima, sendo que um ônibus escolar recolhia e devolvia as crianças no mesmo local onde estudavam. Mas foi o bastante para algumas mães provocar uma verdadeira revolução contra tudo e contra todos. As crianças vão aprendendo que só têm direitos e não deveres, a não se ajustar às circunstâncias; a queimar pneus, fechar ruas, quebrar caixas eletrônicos.

Outra coisa é que embora a igreja tenha um papel importante na educação e formação das crianças e juvenis; contudo, este papel cabe primordialmente aos pais. São famílias cristãs bem estruturadas que formam igrejas espiritualmente sadias; e não ao contrário. Apenas algumas reflexões.


quinta-feira, 5 de maio de 2016

POMPEIA


QUEM VISITA os escombros da outrora cidade de Pompéia [são 2.500.000 visitantes cada ano], que ficava situada a 22 km da cidade de Nápoles, na Itália, tem observado como o “tempo parou”. A cidade foi destruída no ano 79 pelo vulcão Vesúvio que provocou uma intensa chuva de cinzas sepultando completamente a cidade.
Ela se manteve oculta por quase 1600 anos, até ser reencontrada em meio a cinzas e lama que protegeram as construções e objetos do tempo. Cozinhas com panelas no fogão, fontes sem água, ruas intactas; exatamente como eram! O monte Vesúvio, o vulcão que domina a baia de Nápoles, explodiu, soterrando Pompéia, Herculano, Stabiae e cercanias.
Apesar dos avisos de que o Vesúvio poderia a qualquer momento explodir; a montanha verdejante, a densa floresta entremeada de encantadores vinhedos ao redor, sossegava os seus habitantes; mas em 24 de agosto de 79 de EC, depois de anos inativo, o monte despertou tremenda explosão.
O vulcão expeliu uma coluna de gás que escureceu todo o céu, provocando tremenda chuva de cinzas e lapili (pedacinhos de lava) e em dois dias toda a região estava coberta por uma grossa camada de detritos de 2,5 metros de espessura, em media. Tremores violentos continuaram a abalar o solo, e uma nuvem gigantesca de gases venenosos invisíveis, porém letais, envolveu a cidade num abraço mortal.
A população da cidade de 15 mil habitantes reagiu de maneiras variadas. Os que fugiram imediatamente se salvaram; mas alguns que ficaram apegados as suas casas e seus pertences, esperando que de algum modo fossem salvos do perigo; foram todos esmagados pelos tetos de suas casas.
Uma senhora foi encontrada entre os escombros agarrada a sua sacola cheia de joias preciosas: pulseiras de ouro em forma de serpentes, anéis, prendedores de cabelo, brincos, um espelho de prata e uma sacola cheia de moedas de ouro; esta senhora tentou salvar seus pertences até a última hora, mas o teto ruiu, soterrando a infeliz mulher e seus tesouros.
Neste caso foi um fenômeno natural, não está envolto nenhum castigo, e os cientistas explicam como e porque acontecem essas erupções, mas no passado as cidades de Sodoma e Gomorra, sofreram as penas do fogo eterno como castigo de Deus (Judas 7). A cidade de Sodoma persistia em desafiar a Deus com todo tipo de prática pecaminosa.
Mas a taça da ira de Deus transbordou quando os homens de Sodoma cercaram a casa de Ló tentando arrombar a porta e violentar sexualmente os anjos que eram seus hóspedes e, num primeiro momento, Ló tentou convencê-los do mal oferecendo duas filhas virgens em troca dos varões formosos que os jovens e idosos de Sodoma buscavam.
Por fim, os anjos usaram de poderes sobrenaturais e cegaram temporariamente aqueles varões de modo que não achavam a porta e; no dia seguinte, apressadamente os anjos tiraram a Ló e sua família para fora da cidade e Deus fez chover enxofre e fogo que rebentou as muitas salinas ali existentes, cobrindo a mulher de Ló, que se demorou e ficou para trás; virando uma estátua de sal (Gn 19).
Nas duas ocorrências o erro foi não dar atenção aos avisos da destruição que se aproximava; e o erro de se agarrarem aos “tesouros deste mundo”; o que serve para os crentes de hoje. Mas os demais pecadores não se gloriem dos pecadores de Sodoma e Gomorra; Jesus disse que no dia do juízo haverá menos rigor para estas cidades que para as que rejeitam as boas novas (Mt 10:14, 15).
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TRANSTORNO DE HUMOR


A pessoa que possui o transtorno de humor passa a maior parte do tempo reclamando de tudo, com a sensação de desamparo, dificuldade de concentração e de tomada de decisões, cansaço, falta de energia, com problemas de sono e alteração do apetite. Fique atento, você, ou esta pessoa, pode estar sofrendo de distimia: transtorno de humor.
É muito difícil lidar com pessoas que sofrem desse mal. Deita de bem e acorda de mal com a vida. Sai de casa bem e volta tenso, qualquer contrariedade no trânsito, qualquer aborrecimento, algo que não deu certo, é o bastante para mudar totalmente o humor e, às vezes leva horas nesse estado. Casamentos são totalmente destruídos ou, no mínimo, uma vida inteira infeliz quando um dos cônjuges sofre de transtorno do humor.
Ao contrário do que se pensa, as mulheres são mais acometidas que os homens do transtorno de humor. Os psicólogos afirmam que as pessoas com transtorno de humor dificilmente acreditam que o mau humor constante seja porque são portadoras de um distúrbio, acreditam que seja apenas um traço de sua personalidade; que os sintomas de pessimismo, negativismo, tristeza e baixo nível de energia sejam componentes normais de sua personalidade, e sofrem durante anos, recusando procurar ajuda na área médica para tratar sua melancolia.

Entre os cristãos, no passado essa melancolia levou muitos a um estado depressivo, com forçados jejuns, clausura, abstinências de todo tipo, confundindo esse estado depressivo com “santidade” e, em alguns casos foram ao extremo do “martírio”. Hoje em dia, mais entre os cristãos “pentecostais” é comum atribuir esse estado melancólico a uma “provação” e, não raro, se deixam levar por orações e vaticínios que não ajudam em nada.
Em grupos mais radicais toda melancolia, estado depressivo, mudança de humor, atribui-se ao “demônio” e ai com as “sessões de Exorcismo” a situação só tende a piorar; e com isso retardam a ajuda médica. A própria leitura Bíblica deve ser seletiva. Não se pode ler a uma pessoa nessas condições passagens que fale de juízos e condenação. O bondoso Deus incluiu em Sua Palavra escrita alguns livros que são de grande ajuda nestas situações de estado depressivo ou de transtorno de humor.
É muito comum ouvirmos pessoas, aparentemente “fervorosas”, desejando que Cristo venha logo, que este mundo não vale nada, que é um vale de lágrimas, que essa carne para nada presta; e o que parece ser um fervor e espiritualidade não passa de um estado depressivo, de uma falta de humor, um tipo de fuga. Quando vive num meio onde se alimenta esse tipo de coisas o quadro tende a piorar e até contaminar as pessoas em volta.
Nestas ocasiões é importante a ajuda de um ministro habilitado Biblicamente, pois as orações devem ser aquelas que alimentem na pessoa o espírito de gratidão, que esteja alicerçada nas promessas de Deus. Que ajude a pessoa a ver neste mundo, ainda que dominado pela iniquidade, tanta coisa boa para se usufruir e apreciar. São muitas as obras que nos cercam vindas da dadivosa mão de Deus. Isto ajudará a melhorar o humor e o estado depressivo em geral.
Humor é palavra de origem latina, geralmente entendida como a veia cômica de uma pessoa, mas ela tem o sentido de ânimo, vem de ‘Húmus’, que é a matéria orgânica depositada no solo; o húmus é considerado o mais completo adubo; portanto, adube a sua vida, adube com humor, tenha ânimo. O coração alegre serve de bom remédio (Pv 17:20).
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A CARTA PERDIDA


Foi encontrada no dia 03 de abril em 1817. Trata-se da carta de Pero Vaz de Caminha, escrivão de Cabral, o descobridor. Ficou se sabendo então que o Brasil havia sido descoberto no dia 22 de Abril, e o dia 3 de maio ficou conhecido como o “Dia da Santa Cruz”. Esse era o nome do Brasil, uma herança dos portugueses descobridores, de fé católica, e que adoravam a cruz.
Mas a cruz é santa, e deve ser objeto de veneração? Até o ano de 312, a cruz, como é conhecida hoje, era totalmente desconhecida dos cristãos. O imperador romano, pagão, Constantino, supostamente convertido ao cristianismo, foi quem tornou a cruz ansata dos Egípcios, emblema fálico em forma de T, encimado por uma asa oval representando os órgãos de reprodução tanto masculino como feminino, como a “cruz dos cristãos”.
Constantino sustentava que em 312 de EC teve a visão duma cruz iluminada no céu, com as palavras latinas “in hoc signo vinces”, que significam “tu venceras com este símbolo”; e foi somente depois, pelo Édito de Milão, que a cruz foi incorporada no cristianismo apóstata como emblema sagrado. Desde então, fazer o sinal da cruz na testa, boca e peito; significa proteção da mente, boca e coração, e tem sido um sinal na cristandade.


Na noite seguinte da citada visão, a história prossegue dizendo que o próprio Jesus Cristo apareceu a Constantino enquanto ele dormia e disse-lhe que fizesse um estandarte portando essa cruz celestial e o carregasse à frente do seu exército, pois isto lhe daria a vitória. Constantino ordenou que a monograma da cruz fosse pintada no escudo de seus guerreiros antes da batalha final e decisiva na ponte de Milvia, perto de Roma, onde Maxêncio foi morto.
No seu currículo de crimes, após a suposta conversão, inclui Bassiano, marido de sua irmã Anastácia, seu sobrinho Luciano de 12 anos; e sua esposa Fausta ele a matou num banho de agua fervendo; depois seu cunhado Licino. O número 7 da lista foi seu próprio filho primogênito, Cispo, ao qual degolou.
Oito anos depois da visão ele decretou que as autoridades do império deveriam consultar os prognosticadores e os adivinhadores sempre que houvesse um presságio mal, ou um raio atingisse um palácio imperial. Dedicou um dia especial para a adoração especial do sol “die solis”, proclamando o domingo como dia sagrado em todo o império, mandando matar todo cristão que estivesse judaizando (observando o sábado).
Dezoito anos depois da suposta visão da cruz dedicou a cidade de Constantinopla à sua própria honra, com grande cerimonial pagão, tendo na frente o carro do “deus sol” e sobre sua cabeça colocou-se a “cruz de Cristo”. Deu a si mesmo o título de “Pontífice Máximo” (ponte entre Deus e os homens). Se de fato teve alguma visão, não foi da parte de Deus, mas de espíritos enganadores que se transfiguram em anjos de luz (II Co 11:14).
O apóstolo Paulo descreve o madeiro em que Jesus foi pendurado como símbolo de maldição e não de bênção: “Cristo se fez maldição em nosso lugar: “Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro” (Gl 3:13). Quando a Bíblia diz que cada um deve levar a sua cruz (Mt 10:38), refere-se a luta de cada dia. Quando nos adverte a não “fazer vã a cruz de Cristo” (I Co 1:14-19); quer dizer que a mensagem deve ser pura, sem sabedoria humana; sem recorrer a batismos ou boas obras para se obter a salvação.